terça-feira, 30 de agosto de 2011

Como voce define a palavra "mente"?

Já pensou alguma vez sobre o que é a mente? 
Que importância você atribui ao pensamento em sua vida? 
Você já pensou que pode ser feliz ou infeliz conforme os pensamentos que tem na mente?
E que, se escolher os melhores, terá ventura e evitará muitos sofrimentos, enquanto que, se escolher os piores, sua vida se tornará amarga? 
Você acha que é impossível distinguir uns dos outros?
Em nosso conceito, não só é possível, mas também é a maior prerrogativa que o ser humano pode ter.
Veja o texto #2 e conheça algumas noções elementares sobre a mente e os pensamentos.

sábado, 27 de agosto de 2011

Voce sabe o que é "sobrecarga da informação"?

Faça uma pesquisa com a expressão "sobrecarga de informação" ou "information overload" (inclua as "aspas" na linha de entrada da pesquisa). Depois assista aos vídeos abaixo:
1. Information overload
2. Suffer from Information overload syndrome
Que relação voce faz com os textos postados anteriormente no Blog?


sábado, 20 de agosto de 2011

Como o Google pode afetar o cérebro

A Internet pode ser um perigo para a memória

A internet produziu transformações espetaculares nas sociedades na última década, mas a mais profunda delas só agora começa a ser estudada pela ciência.
Um dos estudos mais completos publicado recentemente foi motivo de reportagem da Revista Veja (20/7/2011). Conduzido pela psicóloga Betsy Sparrow, da Universidade Columbia, e por outros dois colegas, mostra que a memória processada pelos 100 bilhões de neurônios do cérebro está se adaptando rapidamente a era da informação imediata. Uma das conclusões da pesquisa é de que nós nos preocupamos menos em reter informação porque sabemos que elas estarão disponíveis na internet. Em lugar de guardar conhecimento, preferimos guardar o local na rede onde eles estão disponíveis. A internet se tornou uma memória externa e, aparentemente, está tornando a inteligência mais preguiçosa. “O cérebro precisa de impulsos para se desenvolver – quanto mais variados, complexos, harmônicos e desafiadores eles forem, mais humanamente melhor o cérebro se tornará.”
Na frase genial do brasileiro Miguel Nicolelis, “o cérebro é uma orquestra sinfônica em que os instrumentos vão se modificando à medida que são tocados”.
O cérebro é uma estrutura que aprecia desafios e se transforma com eles. Facilitar sua atividade pode, como mostra o estudo da pesquisadora Sparrow, torná-lo mais preguiçoso e menos ávido por se aperfeiçoar.
Os céticos das teorias de que a internet está mudando radicalmente o cérebro humano sustentam que a história está cheia de exemplos de novas tecnologias que foram recebidas com desconfiança que, posteriormente, se mostrou infundada. Na Grécia Antiga Sócrates lamentou a popularização da escrita.  Ele defendia a tese de que a substituição do conhecimento acumulado no cérebro pela palavra escrita tornaria a mente preguiçosa e prejudicaria a memória.
Talvez a salvação de nossa orquestra cerebral nos tempos da internet venha pelo mesmo caminho: a intensa troca de conhecimento e experiências.
(Veja aqui entrevista com a psicóloga e pesquisadora Betsy Sparrow)
O americano Nicholas Carr publicou artigo na revista The Atlantic dizendo que, talvez a rede mundial estivesse nos idiotizando. Ele contava que como usuário intensivo da internet, vinha observando que sua capacidade de concentração e contemplação já não era a mesma. Ler um livro estava virando um sacrifício
Abaixo sua entrevista a Veja (Edição de 20/7/2011):
O que o senhor achou da pesquisa que mostra que o cérebro tende a esquecer o que pode ser achado facilmente na Internet?
A pesquisa é fascinante. Ela mostra a enorme plasticidade do cérebro. Claro que a memória humana já passou por mudanças com o advento de outras tecnologias de comunicação e informação, mas nunca tivemos à nossa disposição um estoque tão vasto e tão fácil de acessar como a internet. Talvez estejamos entrando numa era em que teremos cada vez menos memórias guardadas dentro do cérebro.
Quando descarta a memória fácil de recuperar e armazena a memória que pode sumir, o cérebro está sendo inteligente?
Não. Acho isso perigoso. A perda de motivação para memorizar informações pode degradar nossa capacidade cognitiva. Na história humana, sempre guardamos memórias em lugares externos, fora do cérebro. A diferença, agora, é que a internet é imensa. O cérebro pode descartar um enorme volume de informações. Ou seja: no passado, tínhamos lugares externos para complementar nossa memória; agora, a internet pode substituir nossa memória. É um perigo. A memória fora do cérebro não é igual à memória dentro do cérebro. O que guardamos na cabeça nos permite fazer associações, conexões, aprofundar o conhecimento, elaborar, reelaborar. É isso que nos torna únicos.
Sócrates, o filósofo grego, reclamava do advento da escrita, dizendo que era um estímulo ao esquecimento. A internet não é a mesma coisa, em uma nova escala?
Há uma diferença importante. Sócrates reclamava do ato de escrever antes de a forma do livro ter sido inventada. Ele estava certo no estímulo ao esquecimento proporcionado pela escrita, mas a chegada do livro ajudou a ampliar a memória humana ao contribuir com o aumento de nossa atenção, da nossa capacidade de concentração. É possível que a internet, em algum momento no futuro, também seja complementada por outra invenção ou comece a ser usada de um jeito diferente, de modo a passar a exercer um papel semelhante ao que o livro teve para a escrita. Mas examinando-se a história da internet nos últimos vinte anos, o que se vê vai na direção contrária. Cada vez mais, a maioria das pessoas usa a internet para ter acesso a informação rápidas, curtas.
"Acho que, ao usar tanto meu computador para navegar na rede, acabei treinando o meu cérebro para de distrair, mudar o foco, dividir a atenção rapidamente. Para ler um livro, tenho de combater esse novo instinto"
O senhor acha que a internet está mudando nosso modo de pensar?
Sem dúvida. A internet estimula certos modos de pensar e desestimula outros. O pensamento atento, focado, concentrado é algo que ela claramente desencoraja. A internet estimula o usuário a folhear, passar os olhos, não a mergulhar com profundidade. Com a rede, nosso conhecimento está mais amplo, mas mais superficial.
Ao mudar seus hábitos on line, o senhor conseguiu recuperar a concentração necessária para ler um livro como Guerra e Paz?
Consigo ler, mas é mais difícil do que antes. Tenho de fazer um esforço. Posso sentir minha cabeça resistindo contra ficar focada num conjunto de páginas por determinado período. Acho que, ao usar tanto meu computador para navegar na rede, acabei treinando meu cérebro para se distrair, mudar de foco, dividir a atenção rapidamente. Para ler um livro, tenho de combater esse novo instinto.
Seu artigo publicado na revista The Atlantic indagava se o Google estava nos tornando idiotas. O senhor chegou a uma resposta?
Escrevi o artigo, mas o título quem deu foi um editor da revista. Eu não usaria a palavra “idiotas”. No fim das contas, acho que o Google, ou a internet de modo mais geral, está nos tornando superficiais como pensadores. Trato disso no meu último livro. Em algum momento deste ano, deve ser publicado no Brasil, inclusive.
Qual a editora?
Espere um momento... Só um momento...
O senhor está consultando a internet?
Pois é, estou conferindo no site do meu livro.
Ainda bem que a internet existe, não?
Mas acho que se eu estivesse sem acesso à internet eu conseguiria me lembrar. Está aqui, é Ediouro.
(Veja aqui o texto completo - Rev. Veja, 20/7/2011, pág. 86)


Tarefa: após a leitura do texto, reflita sobre as seguintes questões (sugestão: converse com colegas, seus pais, professores, veja outros textos relacionados, etc.) e traga suas respostas para discussão na próxima aula (Veja também no Blog o texto “Cérebro de pipoca”)
  1. O que você geralmente busca por meio da Internet: dados, informações ou conhecimentos?  Voce sabe distinguir claramente as diferenças entre esses três conceitos? Que recursos você usa para evitar as conseqüências do excesso informação em suas pesquisas?
  2. Você tem evidências que confirmam (ou não) as afirmações do texto sobre os impactos das novas tecnologias da informação sobre o cérebro humano?
  3. Você vê alguma diferença entre “influenciar o cérebro” e “influenciar a mente”? Quais?
  4. Você considera que o uso de recursos de pesquisa, como o Google, facilita sua aprendizagem? Justifique sua resposta.
  5. Os computadores estão sendo utilizados cada vez mais nas escolas e na rotina diária dos alunos. Entretanto, não há evidências conclusivas de que seu uso contribuiu para melhorar a aprendizagem e o desempenho dos alunos. Como você analisa esta questão?

Cérebro de pipoca

Pesquisadores detectam distorções, como a compulsão para se manter conectado, como um vício (Gilberto Dimenstein  -  Folha de São Paulo – 3/7/2011)

O GOOGLE anunciou recentemente um projeto para enfrentar o Facebook, disposto a reinventar a mídia social. (...)  Para alguns psicólogos americanos, esse tipo de disputa produz um efeito colateral: um distúrbio já batizado de "cérebro de pipoca".
Esse distúrbio é provocado pelo movimento caótico e constante de informações, exigindo que se executem simultaneamente várias tarefas. Por causa de alterações químicas cerebrais, a vítima passa a ter dificuldade de se concentrar em apenas um assunto e de lidar com coisas simples do cotidiano, como ler um livro, conversar com alguém sem interrupção ou dirigir sem falar ao celular. É como se as pessoas tivessem dentro da cabeça a agitação do milho explodindo no óleo quente.
A falta de foco gera entre os portadores do tal "cérebro de pipoca" um novo tipo de analfabetismo: o analfabetismo emocional, ou seja, a dificuldade de ler as emoções no rosto, na postura ou na voz dos indivíduos, o que torna complicado o relacionamento interpessoal.
Sou um tanto desconfiado de notícias alarmantes provocadas pelo surgimento de novas tecnologias. Toda ruptura desencadeia uma onda de nostalgia e de temores em relação ao futuro. Mas algumas pesquisas em torno do "cérebro de pipoca" merecem atenção por afetar o processo de aprendizagem. Uma delas foi realizada em Stanford, a universidade que, por ajudar a criar o Vale do Silício, na Califórnia, impulsionou a tecnologia da informação.
Neste ano, Clifford Nass, professor de psicologia social na Universidade Stanford, revelou num seminário sobre tecnologia da informação a pesquisa que fez com jovens que passam muitas horas por dia na internet, acostumados a tocar muitas tarefas ao mesmo tempo. Ele mostrou fotos com diversas expressões e pediu que os jovens identificassem as emoções. Constatou a dificuldade dos entrevistados. "Relacionamento é algo que se aprende lendo as emoções dos outros", afirma Nass. O problema, segundo ele, está tanto na falta de contato cara a cara com as pessoas como na dificuldade de manter o foco e verificar o que é relevante, percebendo sutilezas, o que exige atenção.
Os pesquisadores estão detectando há tempos uma série de distorções, como a compulsão para se manter conectado, semelhante a um vício. Trata-se de uma inquietude permanente, provocada pela sensação de que o outro, naquele momento, está fazendo algo mais interessante do que aquilo que se está fazendo. Tome o Facebook ou qualquer outra rede social. Chegaram a desenvolver um programa que envia para o celular da pessoa um aviso sempre que um amigo dela está se aproximando de onde ela está.
O estímulo, porém, começa no mercado de trabalho. Vemos nos anúncios de emprego uma demanda por pessoas que façam muitas coisas ao mesmo tempo. Mas o que Nass, o professor de Stanford, entre outros pesquisadores, defende é o contrário. Quem faz muitas tarefas ao mesmo tempo, condicionando seu cérebro, fica menos funcional. Não sabe perceber as emoções e trabalhar em equipe, não sabe focar o que é relevante e tem dificuldade de estabelecer um projeto que exige um mínimo de linearidade. Não sabe, em suma, diferenciar o valor das informações.
Não deixa de ser um pouco absurdo valorizar tanto os recursos tecnológicos que aproximam as pessoas virtualmente, mas que as afastam na vida real. Daí se entende, em parte, segundo os pesquisadores, por que, em todo o mundo, está explodindo o consumo de remédios de tarja preta para tratar males como a ansiedade e a hiperatividade.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Onze temas atuais que podem aparecer no ENEM/2011

Veja aqui o que a "Veja" indica como possíveis temas do ENEM/2011
(Note que alguns deles já foram previstos por vocês em nossas aulas do I Semestre/2011)

Ex-alunos falam de suas experiências





A presença de três ex-alunos do Colégio fez da nossa aula de hoje um momento especial. Na semana em que o Colégio Logosófico em Belo Horizonte, comemora seu 48o. aniversário (11/8/1963 - 11/8/2011), os ex alunos Igor Finelli (Enga. Elétrica - UFMG), Lilia Finelli (Direito - UFMG) e Stella Maria (Enga. Química - UFMG), relataram suas experiências de adaptação ao ambiente universitário, valorizaram o hábito de estudo aprendido ao longo dos anos que passaram no Colégio, incentivaram o planejamento da vida pessoal e acadêmica como forma de se organizar para dar conta das tarefas escolares e pessoais e destacaram o ambiente do Colégio como um valor fundamental no preparo para a vida. Com descontração, alegria e muito boa disposição, os três responderam às perguntas formuladas pela turma, evidenciando, também, como o Colégio contribuiu para sua capacitação na expressão do pensamento. 

sábado, 6 de agosto de 2011

Sobre os pontos fracos da escola "forte"



A revista Época desta semana publicou uma reportagem sobre os impactos emocionais negativos das chamadas escolas "fortes" na vida dos alunos, devido às fortes pressões psicológicas pelo desempenho escolar. Segue abaixo nosso comentário, enviado à revista:
"Muito oportuna a reportagem sobre “O ponto fraco das escolas fortes” (Época, Ed. 689). É um assunto que tem sido tratado de forma muito velada, apesar do grande número de jovens que sofrem com a pressão pelo alto desempenho escolar. Há pais que acreditam que faz bem ao filho passar por ambientes de grande pressão psicológica, ignorando que tais ambientes podem gerar tensões emocionais que repercutem negativamente ao longo da vida. Senti falta da menção às escolas que aplicam a Pedagogia Logosófica, pois são escolas que propiciam um sólido preparo para a vida acadêmica e profissional, sem os pontos fracos das chamadas escolas “fortes”. Há poucos anos participei de uma pesquisa com ex-alunos de uma escola logosófica e fiquei impressionado com os resultados desta linha pedagógica: jovens com grande disposição para o estudo, aptos para aprendizagem ao longo da vida, capazes de pensar por conta própria e conduzindo-se com acerto, equilíbrio e sensatez na vida acadêmica, profissional e pessoal. O segredo é uma educação baseada no exemplo, no desenvolvimento harmônico da inteligência e da sensibilidade e no cultivo de valores essenciais para a vida." 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Uma aula especial (8/8/2011)

Caros Alunos,
Na próxima segunda-feira, 8 de agosto, teremos a presença de ex-alunos do Colégio em nossa aula. Convidei o Igor Finelli, aluno de Engenharia Elétrica, a Stella Maia, aluna do curso de Engenharia Química e Lilia Finelli, aluna do Curso de Direito, todos da UFMG.
Pedi a eles para falar sobre suas experiências  na vida acadêmica e pessoal e como a educação recebida no Colégio Logosófico tem contribuído para fazer as opções corretas, para aproveitar bem as oportunidades e para o encaminhamento de outros aspectos da vida na juventude. 
Gostaria que voces pensassem em perguntas para nossos convidados. Sugiro pensar sobre aspetos  relacionado com a experiência do vestibular, com adaptações ao ambiente acadêmico universitário, com a escolha da profissão, e outros pontos de interesse para esta fase final do Ensino Médio no Colégio. 
Um abraço,
Eduardo