segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O exercício de pensar (Parte 2)

Tarefa para a aula de 21/3

1.    Leia o texto “A função de pensar e os pensamentos” (postado no Blog)
2.    Faça um resumo de até 100 palavras, descrevendo o que você entendeu 
3.    Descreva uma pergunta que o texto responde claramente.
4.    Escreva até 5 perguntas que a leitura do texto sugere, porém não responde diretamente
5.    Elabore um mapa conceitual sobre a função de pensar, mostrando relações com outros aspectos da inteligência, mente, pensamentos, etc. Procure mostrar o que voce acha que a função de pensar utiliza (entradas) e o que ela produz (saídas)
6.    Traga as anotações para o trabalho em conjunto na próxima aula
7.    Que movimentos internos você observou enquanto realizava esta tarefa?


Texto para o Exercício de pensar (Parte 2)

A função de pensar e os pensamentos
(Rev. Logosofia Vol 1 – p. 183)

Quando se fala de pensamento, é comum referir-se indistintamente à razão, à mente, à inteligência, à reflexão, à imaginação, etc., como se tudo tivesse a mesma função, e até são muitos os casos em que se toma uma coisa por outra, sem distinção alguma.
A Logosofia define a função de pensar como um ato que a mente exerce para elaborar um pensamento, uma idéia ou, simplesmente, a descrição de um motivo que uma circunstância determinada exige para os fins de uma explicação. A função de pensar é, pois, um ato que se poderia chamar de criador, desde o momento em que cria, na mente, a existência de um pensamento ou de uma idéia que até esse instante não existia; mas esse ato também satisfaz a outras necessidades da inteligência, como é a de coordenar e selecionar os elementos que depois serão usados para encarar assuntos ou problemas, sejam eles de incumbência pessoal ou geral.
A função de pensar se diferencia nitidamente de todo esforço mental que se possa fazer para recordar conhecimentos ou coisas que se achavam ausentes da zona mental imediata ao domínio espontâneo da própria vontade, seja por esquecimento, seja por falta de uso deles. O esforço mental para recordar atrai os pensamentos esquecidos, e isto, naturalmente, nada tem a ver com a função de pensar. Cada um, segundo seja sua capacidade mental e o cultivo de sua inteligência, pode ter à sua disposição um acúmulo de conhecimentos que, por pertencerem a seu acervo pessoal, não requerem um novo processo de elaboração, e a inteligência, quando se dispõe a usá-los, espontaneamente os toma do arquivo mental próprio, arquivo que, como é natural, constitui o cabedal de saber adquirido pelo estudo e pela experiência.
No trato corrente, é freqüente observar como se confunde de modo contínuo o papel que a inteligência desenvolve com o dos pensamentos e da função de pensar. Quem tiver feito estudos a fundo sobre essas questões aparentemente complexas do entendimento terá podido surpreender, sem maior dificuldade, a diferença substancial, aqui apontada, entre um e outro ato da mente ou da inteligência.
O certo é que a função de pensar se exerce, quase sempre, nos momentos dedicados ao estudo, ou naqueles em que devem ser encarados, porque assim exigem as circunstâncias, assuntos com a participação ativa da própria capacidade; diferentemente disso, nas relações diárias entre uns e outros geralmente são usados pensamentos de diversa índole, que cada um tem à disposição dentro de sua mente.
Esta discriminação que fazemos entre a função de pensar e os pensamentos é extremamente necessária para o ordenamento das atividades da inteligência e, sobretudo, para que se possa ter uma visão clara a respeito de como o ser deve se comportar no emprego das próprias opiniões e de seus juízos.

Outra definição do exercício de pensar
(Introd. ao conhecimento logosofico – p. 204)

Pensar é também: “observar, meditar, refletir e selecionar. Ele tem um poder sugestivo enor­me, e esse poder é o que fecunda a mente e a prepara, para que possa cumprir por si mesma sua grande finalidade: criar seus próprios pensamentos.”
“O exercício da mente no ato de pensar proporciona íntima e grata alegria, e quanto mais praticarem, tanto mais fácil resultará e mais cuidarão de não serem influenciados por pensamentos que, sem ser seus, governavam sua mente.” 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

"O Exercício de Pensar" (Parte 1)

Atividade a ser realizada na aula de 21/2/2011
Formar grupos de 4 alunos  e escolher um dos participantes para ser o relator
1.  Leia o artigo “Aprendendo a pensar” do Stephen Kanitz
2.   Faça um resumo de até 100 palavras, descrevendo o assunto tratado
3.   Escreva uma pergunta que o artigo responde claramente
4.  Escreva até 5 perguntas que a leitura do artigo sugere, porém não responde e que podem ser objeto de uma pesquisa ou aprofundamento no tema (Ex.: Quem não pensa pode ensinar outra pessoa a pensar? Fazer um povo acreditar que pensa seria uma forma de dominação ideológica?)
5.  Que movimentos internos você observou enquanto realizava esta tarefa?
6.  Participe do debate com os colegas, apresentando o trabalho do seu grupo

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ciclo de estudos sobre "O exercício de Pensar"

Caros alunos,

Vamos iniciar na próxima aula (21/2) um ciclo de aulas sobre "O exercício de Pensar".

Por que este tema? São muitos os motivos. Eis alguns deles: a necessidade que cada um tem de ter suas próprias idéias, elaborar suas análises, selecionar os pensamentos que entram no ambiente mental próprio, resolver problemas de entendimento sobre vários assuntos e adotar uma posição investigativa em relação a vários temas da atualidade. Devemos lembrar também que "pensar" é uma das funções mais importantes da inteligência e a que contribui para solução de muitas questões e problemas ao longo da vida, em todos seus aspectos. 

Na primeira aula sobre o tema, vamos fazer uma relação de questões que voces gostaria de saber sobre "O exercício de Pensar": conceito sobre o que é pensar, fatores que ajudam e dificultam pensar, dúvidas, conceitos equivocados sobre o que é pensar, etc.
   
Um dos textos que vamos utilizar está postado aqui no Blog e tem o título de "Aprendendo a pensar" de  autoria do administrador Stephen Kanitz. Se possível, leia o texto antes da aula e procure refletir sobre as questões acima. 

Esperamos que o estudo (e prática) deste tema possa ser bastante útil para vocês. 

Um abraço, 

Eduardo 

Aprendendo a Pensar

Aprendendo a pensar
Stephen Kanitz
www.kanitz.com.br
A maioria das aulas que tive foi expositiva. Um professor, normalmente mal pago e por isso mal-humorado, falava horas a fio, andando para lá e para cá. Parecia mais preocupado em lembrar a ordem exata de suas idéias do que em observar se estávamos entendendo o assunto ou não.
Ensinavam as capitais do mundo, o nome dos ossos, dos elementos químicos, como calcular o ângulo de um triângulo e muitas outras informações que nunca usei na vida. Nossa obrigação era anotar o que o professor dizia e na prova final tínhamos de repetir o que havia sido dito.
A prova final de uma escola brasileira perguntava recentemente se o país ao norte do Uzbequistão era o Cazaquistão ou o Tadjiquistão. Perguntava também o número de prótons do ferro. E ai de quem não soubesse todos os afluentes do Amazonas. Aprendi poucas coisas que uso até hoje. Teriam sido mais úteis aulas de culinária, nutrição e primeiros socorros do que latim, trigonometria e teoria dos conjuntos.
Curiosamente não ensinamos nossos jovens a pensar. Gastamos horas e horas ensinando como os outros pensam ou como os outros solucionaram os problemas de sua época, mas não ensinamos nossos filhos a resolver os próprios problemas.
Ensinamos como Keynes, Kaldor e Kalecki, economistas já falecidos, acharam soluções para um mundo sem computador nem internet. De tanto ensinar como os outros pensavam, quando aparece um problema novo no Brasil buscamos respostas antigas criadas no exterior. Nossos economistas implantaram no Brasil uma teoria americana de "inflation targeting", como se os americanos fossem os grandes especialistas em inflação, e não nós, com os quarenta anos de experiência que temos. Deu no que está aí.
De tanto estudar o que intelectuais estrangeiros pensam, não aprendemos a pensar. Pior, não acreditamos nos poucos brasileiros que pensam e pesquisam a realidade brasileira nem os ouvimos. Especialmente se eles ainda estiverem vivos. É sandice acreditar que intelectuais já mortos, que pensaram e resolveram os problemas de sua época, solucionarão problemas de hoje, que nem sequer imaginaram. Raramente ensinamos os nossos filhos a resolver problemas, a não ser algumas questões de matemática, que normalmente devem ser respondidas exatamente da forma e na seqüência que o professor quer.
Matemática, estatística, exposição de idéias e português obviamente são conhecimentos necessários, mas eu classificaria essas matérias como ferramentas para a solução de problemas, ferramentas que ajudam a pensar. Ou seja, elas são um meio, e não o objetivo do ensino. Considerar que o aluno está formado, simplesmente por ele ter sido capaz de repetir os feitos intelectuais das velhas gerações, é fugir da realidade.
Num mundo em que se fala de "mudanças constantes", em que "nada será o mesmo", em que o volume de informações "dobra a cada dezoito meses", fica óbvio que ensinar fatos e teorias do passado se torna inútil e até contraproducente. No dia em que os alunos se formarem, mais de dois terços do que aprenderam estarão obsoletos. Sempre teremos problemas novos pela frente. Como iremos enfrentá-los depois de formados? Isso ninguém ensina.
Existem dezenas de cursos revolucionários que ensinam a pensar, mas que poucas escolas estão utilizando. São cursos que analisam problemas, incentivam a observação de dados originais e a discussão de alternativas, mas são poucas as escolas ou os professores no Brasil treinados nesse método do estudo de caso.
Talvez por isso o Brasil não resolva seus inúmeros problemas. Talvez por isso estejamos acumulando problema após problema sem conseguir achar uma solução.
Na próxima vez em que seu professor começar a andar de um lado para o outro, pense no que você está perdendo. Poderia estar aprendendo a pensar.
Stephen Kanitz é administrador                                                      
 
Artigo Publicado na Revista Veja, Editora Abril, edição 1763, ano 35, nº 31, 7 de agosto de 2002, página 20.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Respostas do Questionário de Entrada

Caros alunos,

O questionário teve um excelente retorno, com participação de 85% da turma (41 alunos). Parabéns pela colaboração!

As respostas apresentadas foram muito interessantes e penso que muitos aspectos poderão ser considerados em nosso programa de atividades durante o ano.

A turma mostrou-se bastante homogênea em relação à pontuação dos temas de interesse e de assuntos que considera importantes, convergindo em torno de muitos pontos comuns.

É importante lembrar que mesmo não tendo tempo e espaço suficientes para abordarmos todos os temas sugeridos, certamente faremos um esforço para aprender a pensar. Este é um dos objetivos mais importantes de nossas atividades. À medida que formos desenvolvendo  a capacidade de pensar mais e melhor, teremos recursos para estudar, entender e analisar os mais diversos temas, especialmente os temas mais relacionados com a atual fase da vida de vocês, tanto no aspecto acadêmico como no aspecto pessoal.

Vejam, a seguir, o resumo das respostas da turma:





















segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pensando sobre "Atualidades"

Tarefa para 14/2/2011
Durante a semana, procure pensar sobre as seguintes questões: 
  1. O que é uma "atualidade"?
  2. Além do fator tempo (algo que está ocorrendo agora), quem define o que é ou vai ser "atual"?
  3. Você poderia citar alguns temas ou questões do passado (próximo ou distante) que ainda continuam atuais? Porque esses temas ainda se mantém atuais?
Traga suas reflexões para nossa próxima aula. 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Questionário de Entrada - AT2011

Caros Alunos,

Contamos com sua participação na resposta ao questionário sobre "Atualidades Temáticas - 2011". O questionário é simples e não requer mais do que alguns minutos de sua atenção. O questionário e as instruções para resposta encontram-se no link abaixo:

http://www.kwiksurveys.com/online-survey.php?surveyID=HCOLLM_a3cc0ad0

A senha para abrir o questionário foi informada na primeira aula de AT. Ao concluir, clique em "Finalizar questionário" para enviá-lo. O prazo para enviar as respostas é no final do dia 9/2, quarta-feira. Qualquer dúvida, entre em contato.

Desde já agradeço sua participação

Eduardo

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Colégio Logosófico - Atualidades Temáticas - AT2011

Caros Alunos,
Sejam bem vindos às aulas de "Atualidades Temáticas" para o 3º Ano do Ensino Médio, em 2011.
Você deve estar se perguntando qual é o significado da expressão que dá o nome a esta disciplina. A expressão "Atualidades Temáticas" refere-se a assuntos, temas ou questões que estão em destaque na atualidade, especialmente as que são focalizadas pelos meios de comunicação de massa (TV, Rádio, Internet, Revistas, etc.).
A criação desta disciplina no 3º ano do Ensino Médio em 2011, no Colégio Logoosófico - Unidade Funcionários, tem como finalidades:
  • Formar no aluno uma visão analítica sobre temas da atualidade, favorecendo sua capacidade de pensar, entender e analisar questões, contribuindo para solução de problemas que afetam o ser humano em diferentes contextos e condições
  • Oferecer ao aluno elementos de reflexão relacionados com as necessidades próprias da fase de formação em que se encontra, favorecendo a construção do próprio futuro.
Esperamos que vocês aproveitem bem esta oportunidade, participando ativamente de nossas aulas e que possam encontrar elementos de reflexão úteis para a vida acadêmica e pessoal.
Afetuosamente,
Eduardo Barbosa