segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Voce sabe pensar, ou segue a corrente?

Em todas as épocas e lugares, a juventude foi sempre sinônimo de renovação e mudança. A partir da adolescência, com o despertar da razão, surgem os questionamentos, as contestações, as famigeradas “rebeldias”.
Acontece, porém, que o jovem segue dependendo muito dos maiores, dos que têm a experiência que a ele ainda falta. Nada mais natural. Por isso mesmo, as bandeiras das “revoluções” juvenis foram sempre fabricadas por mentes de adultos que se apresentam como líderes de religiões e de movimentos políticos, próceres de ideologias extremistas e de modismos excêntricos, escritores carismáticos, filósofos do pró e do contra, e por aí vai.
Quem se considera fanático?
Grande número de jovens, a partir da mais tenra infância, tem na família e na escola as instituições cuidadosas por excelência da tarefa de criar crentes, e não pensadores. Mais tarde, os ídolos da juventude não fazem outra coisa.
A esses adultos nunca interessou ensinar aos jovens como pensar por si mesmos. Mais não fazem do que encher as mentes juvenis de pensamentos seus, pensamentos alheios, pois o propósito é a submissão, é engrossar os rebanhos deste mundo, nos quais o que vale é a obediência à voz de comando, à voz do dono.
Mas os jovens fanatizados veem isso? Quem se considera fanático? Fanáticos existem, é verdade, mas são sempre os outros...
Aprender a pensar desde criança
 Você sabe a diferença entre pensar e pensamento? Difícil? Não desanime! Descartes não sabia. Para o famosíssimo filósofo francês – autor da igualmente famosa sentença “Penso, logo existo” –, pensar e pensamento, eu e coisa, são termos sinônimos que concorrem para um mesmo fim.
Para Ana Gabriela Carvalho de Souza (23), formada em Comunicação Social e atualmente cursando o 1º período de Pedagogia, “de pouco adiantará, por exemplo, termos uma supermáquina se não soubermos utilizá-la. Nada mais óbvio. E essa mesma conclusão óbvia se aplica à máquina mais completa e mais poderosa que existe: nossa extraordinária mente”.
Luís Fernando S. de Abreu Chagas (19), do 3º período de Engenharia Mecânica, compreende que “aprender a pensar é vital para o futuro da vida psicológica, moral e espiritual de todo jovem e, portanto, para o futuro da própria vida humana na Terra”. Diz isso porque, segundo já concluiu, “muitas já foram as tentativas de modificar o mundo, mas todas falharam e haverão de falhar, por não partirem do próprio homem, do homem que saiba pensar, que seja livre para pensar, do indivíduo”.
Explicando como pensa que isso se daria, Luís Fernando adiciona: “Se a humanidade é constituída de homens e mulheres, o mundo só mudará quando esses homens e essas mulheres mudarem, e para isso terão que aprender a pensar sendo ainda crianças e jovens, antes que seja tarde demais.”
O mais sério engano
Para a Logosofia, pensar é um processo mental de elaboração, enquanto pensamento é coisa pronta, já pensada por você ou por outra pessoa. Compreendendo isso, você também compreenderá que, se tiver a mente o dia todo ocupada com mil assuntos, isso nem sempre significará que você esteve pensando. Você pode, simplesmente, ter usado o que chamamos de “coisa pronta”, os pensamentos, que tanto podem ser seus como originados em outras mentes.
Que tal passar a vida com a mente abarrotada de pensamentos alheios, acreditando ingenuamente estar sabendo pensar? Quer engano mais sério do que este?
Quem aprende a pensar faz a diferença
No mundo inteiro, por exemplo, os jovens  fanáticos de uma seita qualquer, de  uma corrente ideológica, de um livro sagrado,  de um ídolo artístico, esportivo, literário,  político ou religioso, são mansos veículos  de pensamentos alheios, de “coisas  prontas” elaboradas em cada uma dessas  fontes. 
São meros intérpretes de pensamentos dos outros, de pensamentos que mandam e desmandam na vida de quem os aceitou sem questionar, sem duvidar de nada, sem pensar. 
Diferente é quando a juventude aprende a pensar de verdade, começando por enxergar  a diferença enorme que existe entre os pensamentos e a função de pensar. Cada  jovem, então, comprova que os pensamentos constituem verdadeiras entidades  psicológicas animadas e podem ser próprios ou alheios, positivos ou negativos, intermitentes  ou obsessivos, autônomos ou dependentes da vontade e da inteligência. 
(Fonte: Revista Logosofia, no. 16, p. 36, Belo Horizonte, 2010)

domingo, 16 de outubro de 2011

ENEM 2011 - Dicas para a prova

Caros alunos,
Voces já viram o site  http://www.sitedoenem.org/ ?
Se não, acho que vale a pena.
Um abraço,
Eduardo

sexta-feira, 7 de outubro de 2011